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PROPOSTA DE PLANEJAMENTO para o futuro é comum no começo de um novo ano. Eis aqui uma sugestão. Espero que ajude sinceramente.
Tempo de Proposta de Planejamento – @pastorlink – janeiro 2022.
Lá vem janeiro, primeiro mês do ano. Este primeiro mês recebeu o nome de janeiro em homenagem a Jano, deus da mitologia romana. Jano era deus que tinha duas faces: uma olhando para trás, o passado, e outra, para frente, o futuro.
Mitologias e idolatrias à parte, é comum mesmo fazermos um balanço de nossas vidas no começo de um novo ano. Alguns seguem em frente com esperanças, projetos e sonhos. Outros ficam paralisados pelos traumas, pelas lutas enfrentadas, pelas marcas deixadas. Às vezes são mesmo cicatrizes profundas, paralisantes.
No texto de hoje, vimos o chamado do profeta Oséias ao seu povo que pode ser uma proposta para nós hoje. Pasmem, um chamado que até hoje Israel não atendeu.
Contexto do Texto do Pecado do Povo
O povo que tinha uma aliança com Deus, quebrava-a constantemente de forma estúpida. Adoravam Baal, deus sol, e como tal, o que fazia, na crença deles, a fertilidade da terra.
Ao lado de Baal, adoravam também Asera, deusa da fertilidade, representada por troncos de árvores.
Os baalins e aserins representavam vários deuses. O Profeta Elias os venceu num grande desafio em 1 Rs 18.
A idolatria quando praticada por pessoas que não conhecem a Deus, e que não têm uma aliança com Deus, não tem desculpa.
Muito menos idolatria praticada pelo povo da aliança, pelo chamado “povo de Deus”. E este tipo de idolatria traz consequências imperdoáveis. Ele configura o pecado imperdoável que é a blasfêmia (Mc 3.29).
Veja, quando o povo fez o bezerro de ouro, disseram que aquilo era o Deus que os tinha tirado do Egito (Ex 32.3-8), quando tirar-lhes do Egito foi obra de Iavé.
Como Deus Tratou O Pecado de Seu Povo
Por causa de tantos pecados, Deus advertiu o povo através de seus profetas para tentar evitar o juízo. Mas uma das expressões que me deixa pasmo é o que está escrito sobre Judá em 2 Crônicas 36:16:
“Eles, porém, zombaram dos mensageiros de Deus, e desprezaram as suas palavras, e mofaram dos seus profetas; até que o furor do Senhor tanto subiu contra o seu povo, que mais nenhum remédio houve”.
Fico aterrorizado com essa declaração: “Nenhum remédio houve”. Como assim? O Deus Todo-poderoso não achou remédio para curar a idolatria de seu povo? Se Deus não tem como curar, quem vai curar?
Está aqui aquela pergunta dos adolescentes quando querem pegar o professor da Escola Bíblica: Professor, se Deus é tão poderoso, Ele pode criar uma pedra que ninguém pode mover?
Resposta: Deus criou o homem com coração capaz de se endurecer ao ponto de Ele mesmo, Deus, não poder mover. Ele, então, tem de esmiuçar, explodir esse coração endurecido e reconstruir. Como o oleiro e o barro de Jeremias (18).
Aqui em Oséias, Deus diz noutra linguágem:
“Porque para Efraim serei como um leão, e como um leãozinho à casa de Judá: eu, eu o despedaçarei, e ir-me-ei embora; arrebatarei, e não haverá quem livre.
Irei e voltarei ao meu lugar, até que se reconheçam culpados e busquem a minha face; estando eles angustiados, de madrugada me buscarão” (séias 5:14,15).
Israel tanto desprezou o chamado de Deus que realmente não houve remédio senão o cativeiro assirio, onde as dez tribos desapareceram. O povo de Israel que conhecemos hoje é oriundo de um remanescente de Judá profetizado por Isaías (Is 10.22; Rm 9.27) que Deus conservou do cativeiro Babilônico.
Não ouviram o chamado de Deus. Também não atentaram para os sinais dos tempos.
Um Proposta Para Nós
Agora, quanto a nós, relembro as palavras de Hebreus 2:3:
“Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram”;
Porque nós também não devemos achar que fomos escolhidos por Deus para vivermos do nosso jeito, de qualquer jeito, fazendo o que der na telha.
Não podemos dizer que somos do Senhor e continuarmos fazendo nossas vontades pecaminosas, endeusando nossos ídolos, vivendo para nós mesmos.
Jamais podemos achar que, porque a graça de Deus é grande, nós temos bônus para pegar, crendo que no fim tudo vai ser perdoado.
Estamos em guerra contra o pecado. Não podemos ser voluntários no pecar. Sobre isso escreveu o Apóstolo Paulo em Romanos 6:1,2:
“Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde?
De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?”
Nossa Proposta
Só nos resta abraçarmos o chamado de Deus feito através do profeta Oséias. Israel desprezou e até hoje está fora. Veja os termos do convite:
Nosso único remédio é voltarmo-nos para o Senhor. E está é a esperança para o futuro de Israel. Que um dia ele diga:
“Vinde, e tornemos ao SENHOR, porque ele despedaçou, e nos sarará; feriu, e nos atará a ferida” (Oséias 6:1).
Deus castiga o seu povo rebelde para poder salvá-lo. Nossa única esperança é sermos quebrados e reconstruídos pelo Senhor. Porque se o Senhor não nos tratar, nós morreremos nos nossos pecados, e receberemos o salário do pecado: a morte.
Há vários ensinamentos sobre esse trabalho de Deus em nos castigar. Na verdade esse castigo é forma dele nos santificar, nos limpar do pecado, para nos salvar.
Um dos textos que sempre me lembro é de 2 Coríntios 7:9:
“A tristeza segundo Deus produz um arrependimento que leva à salvação e não remorso, mas a tristeza segundo o mundo produz morte”.
É melhor chorar agora para não sofrer depois.
Conselho Para Hoje
Mas nem isso é preciso. A proposta hoje é que basta ouvir o convite, o chamado que diz: Vinde (1). O mesmo está no capítulo 5.1. É um chamado que ouvimos cada vez que este texto é lido. Deus está chamando você: Vinde.
Se não ouvires a Deus, nenhum remédio haverá para salvar você. Mas se Deus ainda tiver um propósito para sua vida, Ele vai despedaçar você para reconstruir tudo de novo do zero. E se você é cristão diga, amém. Glória a Deus! Porque é isso que significa ser cristão: ser reconstruído por Deus para ser uma nova criatura.
Israel de tanta dureza só há expectativa de ouvir o chamado de Deus no fim dos tempos, como diz Paulo em Rm 11.26,27. Até lá, muitos gentios, prostitutas, publicanos estão entrando antes deles (Mt 21.31).
A base da salvação deles e da nossa é a mesma: A obra de Cristo na cruz (2).
A busca sincera por Deus tem de ser nossa marca. Temos de conhecer e prosseguir no conhecimento de Deus.
Ainda que agnósticos defendam essa impossibilidade, os cristãos são a comunidade que crer que tudo é possível para Deus (Lc 1.37). Os cristãos crêem que tudo é possível ao que crê (Mc 9.23).
A comunidade cristã é mística. Isto é, o cristão tem de ter uma compulsão por saber a respeito de Deus para se relacionar com Ele em Espírito e em verdade (Jo 4.24). Uma busca pelo espiritual.
Isso diz respeito a uma busca além da letra, mas no espírito da letra. Significa mais do que saber a palavra, mas também do obedecê-la. É estar aberto ao sobrenatural, à expectativa do milagre, e uma sede por ser cheio do Espírito de Deus. Aquela coisa: Guarda o contato com teu Salvador.
Ultimamente acho que estamos muito politizados. Estamos aguerridos numa para defendermos achismos. Nossas opiniões são indiscutíveis. Estamos fazendo total uso da democracia.
Só que o cristão vive uma teocracia representada na terra por sua própria consciência iluminada pelo Espírito de Deus e pela Palavra. Acima de tudo na vida do cristão e até de si mesmo, Deus governa.
Ultimamente a humanidade inteira vem sendo freada por epidemias para aprender sobre sua posição frágil no mundo.
A proposta é tirarmos lições disso, sermos humildade e submissão a Deus. Aceitarmos ser trabalhados por Deus.
Conheças e prossigamos em conhecer a Deus sabendo que Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes (Tg 4.6,7).
