O Sucesso de Abraão No Casamento de Isaque

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O Sucesso de Abraão No Casamento de Isaque. Os capítulos de 22.20 até 25.10 de Gênesis registram a transição entre o patriarca Abraão e seu sucessor, seu filho Isaque. O capítulo 24 fala da empreitada de Abraão transferida a seu servo, para casar Isaque. Uma linda e comovente narrativa, em que se observa O Sucesso de Abraão em mais esta realização.

Poderíamos analisar e tirar lições preciosas de vários focos da narrativa. Porém, focalizarei o casamento de Isaque e como ele foi abençoado. Podemos aprender os princípios do Sucesso de Abraão no Casamento de Isaque. Três princípios se destacam: 1-Fé obediente em Deus; 2-Vida de Oração; 3-Atendimento às autoridades sociais e familiares.

Pense nessas perguntas: Com quantos anos Isaque se casou? Por que com tal idade? O que ele fez enquanto esperava?

1- O Sucesso de Abraão na Fé obediente em Deus

Primeiramente, falemos de uma das marcas de Abraão: a fé. Com Abraão nasceu o conceito de fé. E o que é fé conforme a vida de Abraão? Fé é obedecer a Deus crendo em suas promessas mesmo contra a esperança (Rm 4.18). Mesmo que tudo concorra contra. Mesmo que não haja nenhuma luz no fim do túnel. Há Deus. Isto é tudo. Abraão ousou crer na promessa de Deus de que seria pai de multidões mesmo sendo já velho e Sara, além disso, estéril.

O Bem Sucedido Servo de Abraão

Por sua fé, Abraão teve sucesso em tudo (verso 1). Não seria diferente na realização do casamento de seu filho. Sendo já velho, encarregou seu servo da empreitada de ir buscar uma esposa para Isaque. E que servo dedicado! O mordomo fiel (verso 2), que seria o herdeiro caso Abraão não tivesse filho. Seu nome nem aparece neste capítulo. Mas suas qualidades são notórias. Talvez ele seja o damasceno Eliezer do capítulo 15.2. Mas o que importa aqui é que Abraão foi abençoado até nisso: um mordomo fiel que pudesse ser encarregado com digna confiança numa tarefa tão nobre. Como não seria no casamento de seu filho? E tudo isso é resultado da fé em Deus.

Mas, que tipo de fé Abraão teve em Deus? Trata-se de fé obediente. A fé que o levou a sair de sua terra, do meio de sua parentela para um lugar desconhecido que Deus lhe mostraria. E assim, peregrinar andando em fé. Fé que o levou a esperar nas promessas. Eu sei, ele deu umas escorregadas. Mas manteve-se humilde; ele não chutou o pau da barraca, não se apostatou, não saiu desvairado pelo mundo em rebeldias. Ele se portou esperançoso.

A fé leva às obras de obediência. O que vem primeiro? A fé. As obras que têm valor são aquelas que cooperam junto com a fé. Elas são atos de obediência a Deus na prática, movidos pela fé:

Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque?

Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada.
E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus.

Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé.
E de igual modo Raabe, a meretriz, não foi também justificada pelas obras, quando recolheu os emissários, e os despediu por outro caminho?

Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta” (Tg 2:21-26).

Abraão consta na galeria da fé num dos momentos mais importantes de sua história: oferecer seu filho, Isaque em sacrifício a Deus (Hb 11.17).

Após a fé obediente vem a vida de oração.

2- O Sucesso de Abraão na Vida de Oração.

Abraão era um homem de oração (18.22-33). O homem que se relaciona com Deus vive em oração. Oração é o elo da fé que nos mantém em comunhão com Deus.

Além de Abraão, seu servo era também homem de fé e de oração. Talvez Abraão o tenha ensinado, seja puramente para compartilhar sua fé e salvar seu servo ou mesmo pensando num plano B, para o caso que o mesmo viesse a ser seu herdeiro, que vivesse em obediência a Deus.

O servo de Abraão partiu para sua empreitada em espírito de oração (versos 12-14). E mal terminou de orar apareceu Rebeca para cumprir os sinais que pedira.

Isaque estava no campo orando enquanto o servo foi buscar sua esposa (24.63). Mal terminou e sua esposa estava chegando. Oração: Por isso eles foram bem-sucedidos.

O que está errado com os casamentos hoje? Ninguém consulta mais a Deus. Muitos consultam o horóscopo; outros consultam os supostos videntes; e creio que maioria não consulta a ninguém. Vão logo para a cama. Afinal, ninguém tem nada a ver com isso, não é mesmo? Nem Deus. Esta é a tônica dessa sociedade sem Deus. Por isso são tantos os casamentos fracassados, vida amorosa destroçada e alianças desgostosas.

Por falar nisso, casamento é aliança. E há regras especiais para alianças. Isto é o que veremos a seguir.

3- O Sucesso de Abraão na Atendimento aos preceitos sociais e familiares.

Quero aproveitar para tratar de um questionamento: Por que algumas igrejas ecigem que casais que vivam amasiadas se casem para que recebam o batismo e se tornem membros da igreja em plenos direitos?

Antes de tratar do assunto em questão, trago algumas definições de casamento.

Constituição Federal.

Art. 226, Paragrafo 3º “Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento”.

Note-se aqui as expressões: “união estável”, “homem e mulher” e “entidade familiar”. Veja que a união estável pode ser convertida em casamento ou ter os mesmos efeitos. Consideremos outras definições.

Dicionários.

“casamento”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.

1.“Ato ou efeito de casar.

2.Contrato de união ou vínculo entre duas pessoas que institui deveres conjugais. Matrimônio.

Já o casal que não é casado, mas convive como casados, é chamado de: 1-Concubinato.
Estado do homem e da mulher que vivem como casados. MANCEBIA”.

Veja que este conceito não é bíblico, pois diz que casamento e “união ou vínculo entre duas pessoas”. Porém, segundo a Bíblia é união conjugal entre um homem e uma mulher.

3Mancebia.
Estado de duas pessoas que mantêm uma relação amorosa e vivem juntas sem estarem casadas. CONCUBINATO” ou ainda “amasiados”.

O conceito acordo com a Bíblia é o seguinte:

O casamento é uma tradição milenar, cujos relatos antecedem à era de Cristo. Se tomarmos o conceito de casamento como a união estável entre duas pessoas que se juntam com o intuito de constituir uma família, podemos atribuir à bíblia o relato do primeiro casamento.

Está no primeiro livro da bíblia, o Gênesis, do antigo testamento o relato da primeira união entre um homem e uma mulher, Adão e Eva, que foram colocados, por Deus, no jardim do Éden com a finalidade de procriar e povoar a Terra.

Conceito

O termo casamento é uma junção da palavra casar, que significa juntar, unir, pôr em par, e da terminação mento. Para a língua portuguesa casamento é um substantivo masculino e significa o “ato solene de união entre duas pessoas de sexos diferentes, capazes e habilitadas, com legitimação religiosa e/ou civil” (AURÉLIO, 2005).” Fonte: Infoescola.

Vejamos alguns princípios bíblicos sobre o assunto, partindo do Casamento de Isaque.

Sobre Vitorioso Casamento de Isaque 

O casamento de Isaque foi bem-sucedido porque obedeceu os ritos sociais da época, em conformidade com os preceitos do Senhor, do qual, notem bem isto, Abraão era mediador.

Recentemente li um artigo em que um advogado cristão defende que a igreja aceite como casados pessoas que vivem amasiadas, uma vez que as leis de nosso país já os consideram e lhes dão direitos de casados legalmente.

Embora as leis sejam importantes e devam ser obedecidas quando possível, elas não são norteadoras da vida da igreja de Cristo. Os princípios para a vida cristã são norteados pela Bíblia, palavra de Deus. Quado a Bíblia não regula explicitamente algum assunto, segue-se seus princípios ou seus ensinos implícitos.

Antes, porém, de falar sobre esses princípios, observo que esta sociedade pós-moderna vem sendo reconfigurada por ideologias anticristãs, e que vem consequentemente adotando leis anticristãs. Portanto, as leis não são nossa regra de fé e de prática, mas sim a Bíblia o é. Quando as leis estão de acordo com a Bíblia devemos apoiá-las; quando não, devemos denunciá-las com voz profética.

Princípios Bíblicos Para O Sucesso No Casamento

Agora, vamos aos princípios bíblicos para o casamento.

Gênesis é o livro dos começos. Nele começa o Universo, o planeta Terra, a perdição, a salvação, a família e claro, o casamento. Deus fez o primeiro casamento quando criou Eva e a apresentou a Adão. Notemos que Deus fez um homem para uma mulher e os ordenou:

Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne”(Gn 2:24, Mt 19.4-6).

Este foi desde então, o casamento considerado Bíblico, o que foi realizado pelo Senhor ou diante dele, pelos seus representantes na terra. Na Bíblia, os representantes de Deus eram os homens destaques de fé obediente a Deus como Noé e os patriarcas: Abraão, Isaque e Jacó, e depois deles, Moisés, o legislador (Veja Ex 20.12; 22.16-20). Posteriormente, os juízes, como no caso de Rute e Boaz (Rt 3, 4). As decisões do tribunal se dava nas portas das cidades (Rt 4.1; Pv 8.3). Eles faziam valer as leis de Deus, inclusive no que diz respeito ao casamento.

O casamento era entendido como entrega na relação sexual com quem, e o que quer que fosse, porém proibidos. Veja em Lv 19 e 20 a relação dos casamentos proibidos por Deus.

Alguns princípios Para O Sucesso de Abraão no Casamento de Isaque

Consentimento dos pais: Esaú desagradou a Isaque e Rebeca tomando mulheres estrangeiras (Gn 26.34,35).

Jacó trabalhou duro para cumprir acordos exigidos pelo pai de Raquel para tê-la como esposa, mas não a teve sem o consentimento do pai, mesmo sendo enganado (Gn 29).

Assim sempre foi o casamento ideal nos tempos bíblicos: uma união dentro dos ritos traçados pela comunidade de fé em Deus.

Exemplos a serem considerados para O Sucesso no Casamento:

José e Maria. Um importante exemplo para cristãos deve ser o casamento de José e Maria. Eles estavam comprometidos (noivos) e já eram considerados pela sociedade da época com responsabilidades de um para com o outro; já viviam debaixo de uma aliança inviolável, conhecida da comunidade (Mt 1.18-10).

Na sociedade judaica, desde o compromisso de namoro, a moça já era considerada casada, o que aconteceu com Maria. “O esposo escolhia a esposa, porém tinha obrigação de aguardar o consentimento da moça, assim como dos pais desta. Ao chegar a ocasião das bodas, o noivo dirigia-se à casa da noiva e a trazia a sua casa, para as cerimônias. Na Judeia o noivo devia ir acompanhado pelos padrinhos, ao buscar a noiva”. Ha via um ritual breve e uma benção. Seguia-se as festividades, que eram bem longas (Fonte: O Mundo do Novo Testamento, H. E. Dana).

Assim era o casamento nos tempos bíblicos.

Parábola das 10 virgens. A parábola das dez virgens, embora tenha um caráter ilustrativo da vinda do Senhor, demonstra que os casamentos eram de conhecimento público e cerimonial (Mt 25.1-13). Constatamos isto no casamento de Caná da Galileia (jo 2.1-12), em que Maria e Jesus com seus discípulos foram convidados.

Pontos teológicos sobre o casamento na Bíblia

O casamento foi tomado como símbolo da união de Cristo com sua Igreja, mediante nada mais nada a menos do que o custo do sangue derramado na cruz como aliança (Ef 5.22-33; Ap 21.2,9; 22.17).

Paulo recomendou que o casamento seja celebrado “contanto que seja no Senhor” (1 Co 7.39).

Cristãos devem se submeter ao Senhor. Se perceberem que sua união mesmo estável não atende aos princípios bíblicos, devem fazê-lo. O mesmo dever tem a Igreja de exigir que se observe tais princípios.

Portanto, considero casamento bíblico a união indissolúvel entre um homem e uma mulher, celebrado publicamente diate de Deus e dos homens pelos respectivos representantes, com direitos e deveres de ambas as partes, conferidos pelas leis do país (quando não contradizem a Bíblia) e pela Palavra de Deus.

Por isso é que se deve continuar a prática de casamento bíblico e exigi-los de quem quer seguir ao Senhor. O novo convertido tem de se adequar à Bíblia, suas leis e princípios, e não o contrário.

O Sucesso de Abrão

Abraão foi bem-sucedido na elaboração do casamento de Isaque porque seguiu os preceitos de santidade e pureza gerados pela fé no Senhor.

Isaque foi bem-sucedido porque soube esperar. Notem que ele se casou aos 40 anos. Ele precisou domar-se a si mesmo, dominar seus impulsos, antes de começar a ser líder da família eleita. Certamente não foi fácil.

Hoje os jovens mal começam a viver e já querem se unir sexualmente, pior, seja homem com homem e/ou mulher com mulher, sem consentimento da família e fora dos preceitos de Deus. Isto com certeza não acabará bem.

Imagem: Pixabay.

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