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Israel ou Jacó adoeceu. José foi informado do estado de seu pai e foi visita-lo levando seus dois filhos, Manasses e Efraim. A ideia implícita é fazer com que Jacó abençoasse os dois meninos. Imagem de CCXpistiavos por Pixabay.
A Bênção Paterna no Regime Patriarcal de Israel
A benção paterna era muito importante naqueles tempos. Lembremo-nos de que o sistema era patriarcal.
O patriarca era o chefe de um clã. Os patriarcas do povo de Israel foram Abraão, Isaque e Jacó, que teve o nome mudado para Israel (Gn 32.27,28).
Nesse sistema “o governo da tribo era a vontade individual do patriarca, como direito paternal, que residia a princípio no progenitor da tribo, passando dele para o primogênito, ou para o mais velho da linha genealógica” (J.D. Davis).
Por tal bênção, Israel quando ainda era Jacó comprou o direito de primogenitura de Esaú com um prato de lentilha (25.34). Por uma bagatela, ele adquiriu a bênção que lhe daria uma nação inteira com seu território, sem contar a nação espiritual que é inestimável.
José Reconhece A Autoridade de Seu Pai
Ao levar seus filhos a seu pai, José reconhece, não obstante de ser o governador do Egito, que seu pai é seu líder patriarcal e espiritual. As glórias do Egito não lhe subiram à cabeça a ponto de desprezar os fundamentos e os princípios familiares e espirituais que recebera de seu pai e de sua história familiar.
Jacó, ao saber que José vinha visitá-lo, esforçou-se e se sentou na cama para recebê-lo. Ao recebê-lo, relembrou as promessas do Senhor a ele ainda em Luz ou Betel (3,4; 28.19).
Deus Cumpre Suas Promessas A Israel.
Isto foi muito significativo, porque Jacó certamente sentia que sua vida estava chegando ao fim. Fazendo um balanço de sua vida, ele podia ver as promessas de Deus se cumprindo.
Seu filho José, filho de sua esposa amada, o qual ele em algum momento pensou não ver mais, agora está diante dele e com seus dois filhos, Manasses e Efraim.
Isto ele expressa claramente no verso 11: “E Israel disse a José: Eu não cuidara ver o teu rosto; e eis que Deus me fez ver também a tua descendência” (Gênesis 48:11).
E ainda outra promessa, quando Deus o orientou a descer ao Egito: “E descerei contigo ao Egito, e certamente te farei tornar a subir, e José porá a sua mão sobre os teus olhos” (Gênesis 46:4).
Jacó lembrou emocionado das promessas de Deus. De certa forma, lembrou também com pesar, o fato de Raquel não está ali para ver a descendência dela (7).
Neste mundo não há nada completo. A esperança está na história que se segue debaixo da providência de Deus.
A Entrada de Efraim e Manasses Como “Casa de José” em Israel.
Jacó reivindicou de José a paternidade de Manasses e Efraim. Disse que estes seriam seus. Isto significava que estes netos passariam a condição de filhos herdeiros de Jacó. Até deu-lhe uma porção da terra de Canaã (48.22).
A crença era que o ancestral continuava vivendo através dos filhos. Efraim e Manasses, neste caso, seriam a continuação de José entre o seu povo e sua herança. A casa de José passou a ser formada por duas tribos, Efraim e Manasses (Nm 26.28; Js 16.4).
O momento da bênção dos filhos foi dramático. José ajeita os filhos por ordem diante de Jacó. Pôs Manasses à sua esquerda e à direita de Jacó e, Efraim à sua direta. A mão direita de Jacó abençoaria a Manasses, pois era assim que se fazia.
Mas Jacó cruzou as mãos levando a direita a Efraim, o mais novo, e a esquerda a Manasses, o primogênito. José tentou inverter as coisas pensando que seu pai tinha errado, mas ele disse que seria assim mesmo (11-18).
Jacó abençoou os meninos com a lembrança dos patriarcas antepassados de quem ele também herdou a bênção. Ele a estava transferindo agora a seus netos, filhos de José: Efraim e Manasses.
O teor dessa bênção contém tal transferência, contén a súplica para que Deus os abençoasse com proteção e multiplicação (16).
Até o próximo post,
Tchau!
Pr Odivan Velasco.
