Duas Palavras Que Caracterizam O Ministério de Jesus Cristo

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Vamos focalizar resumidamente Duas Palavras Que Caracterizam O Ministério de Jesus Cristo, com base no texto de 1 Tm 2.5,6. Imagem: Pixabay.

1 Tm 2.5,6: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção (resgate) por todos, para servir de testemunho a seu tempo” (grifo meu).

A Primeira das DUAS PALAVRAS QUE CARACTERIZAM O MINISTÉRIO DE JESUS é: Mediador.

O Apóstolo Paulo aponta Jesus como sendo o único Mediador entre Deus e os homens. Mas, o que é um mediador? Como e porque Jesus é o único Mediador entre Deus e os homens?

Mediador: “mesitēs”(gr.). Esta palavra vem do grego “mesos”, que quer dizer: “no meio”. “Aquele que se coloca no meio, entre dois partidos ou corpos” (Dicionário Internacinal de Teologia do Novo Testamento). Também do latim, mediātor, mediare: mediador, medianeiro, intermediário, conciliaor. Mediador, neste texto bíblico, significa fazer a mediação entre Deus e os homens, conciliar o homem cm Deus.

Mas, para ser Mediador entre Deus e os homens, Jesus precisou atender à justiça de Deus e pagar o preço de redenção ou de resgate, assim, “Ele é a nossa paz” (Ef 2.14), uns com os outros e com Deus.

Então, A Segunda das DUAS PALAVRAS QUE CARACTERIZAM O MINISTÉRIO DE JESUS é: Redenção ou resgate.

Resgate ou redenção em grego, neste caso, é antilytron (gr.). Veja! Deus não deu dinheiro, nem joias, nem quaisquer bens matérias, terrenos ou celestiais. Ele deu seu Filho Único. Deu-Se a si mesmo. Agora, Ele nos chama a crer nele, a aceitá-lo como nosso Mediador. Quem recusa a isto, continua réu do juízo de Deus. “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece” (Jo 3:36).

Muiitos pensam que o preço de resgate que Jesus pagou foi pago ao Diabo. Isto é engano, erro e heresia. A história é a seguinte: O ser humano, ao pecar, foi sequestrado pela justiça de Deus e se tornou réu, condenado à prisão perpétua junto com Satanás e seus anjos. Mt 25:41 diz: “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”.

Veja! O inferno foi preparado para o Diabo e para seus anjos (mensageiros; demônios). As pessoas desobedientes a Deus incorrem na mesma condenação do Diabo, e são chamadas pelo Senhor no verso acima de: “malditos”.

A Bíblia chama a esta condenação: Separação (Is 59.1,2), morte (Rm 6.23), tormento eterno (Mt 25.46) e segunda morte (Ap 20.14).

Outro texto muito significativo que descreve muito bem isto é 2 Ts 1:5-10: “Prova clara do justo juízo de Deus, para que sejais havidos por dignos do reino de Deus, pelo qual também padeceis;
Se de fato é justo diante de Deus que dê em paga tribulação aos que vos atribulam,

E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder,
Com labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo;
Os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, longe da face do Senhor e da glória do seu poder,

Quando vier para ser glorificado nos seus santos, e para se fazer admirável naquele dia em todos os que crêem (porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós)”.

Então a condição humana é de condenados pela justiça de Deus. Para o preço de resgate foi exigido um ser humano puro, sem defeito, santo, inocente. No Velho Testamento, o cordeiro exigido por Deus para expiar os pecados simbolizava isso (Veja Nm 6.14; Êx 12).

Como encontrar tal Pessoa, se todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus (Rm 3.23)? Deus mesmo providenciou tal Pessoa: Seu Filho Unigênito. Por isso João 3.16 diz: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu filho Unigênito, para que todo aquele que nele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna”. Agora, Jesus é Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.19).

E no verso de 1 Tm 2.6: “O qual a si mesmo se deu em resgate…”. Sim, Jesus pagou o preço de resgate por nós. Ele satisfez a justiça de Deus em nosso lugar. Quem nele crer não será julgado e nem condenado; quem não crer, já está condenado (Jo 3.18).

A fé em Jesus é o único meio de sermos resgatados, redimidos. Este sistema foi criado por Deus, e isto se chama Evangelho. Evangelho significa que Deus deu o resgate, criou a fé, e anuncia essas condições através da pregação. Quem crer será salvo (Rm 10.8,9 e 10).

O texto básico afirma que há um só Deus. O texto, então, combate o politeísmo. Não há deuses, apenas, Deus. Isto é muito significativo num contexto de multiplicidade de deuses, que os gregos adoravam os 12 deuses do Olimpo, e os romanos, os 12 deuses do Panteom. Além desses vários outros, até um tiham um altar “Ao deus desconhecido”.

O texto afirma também que há um só Mediador entre Deus e os homens. Isto é, não há mediação de todos os santos, como afirmam alguns. Deus aceita somente a mediação de Jesus Cristo, o único nome dado para nos salvar (At 4.12), nome sobre todo nome (Fp 2.10,11). Jesus não é apenas o Mediador máximo. Ele é Mediador único e absoluto.

Certa vez ouvi alguém defender a mediação de todos os santos, e usou o texto em 1 Co 12. Mas nesse texto o Apóstolo Paulo ensina sobre os dons espirituais e sua inteiração dentro de uma igreja local, terrena, no caso, a igreja de Corinto do 1º século. Paulo não poderia afirmar a mediação de todos santos em I Co 12 e afirmar a unicidade e suficiência de Cristo em 1 Tm 2.5,6. Isto seria negar seu próprio ensino.

Outros aspéctos das DUAS PALAVRAS QUE CARACTERIZAM O MINISTÉRIO DE JESUS:

Então, Jesus é único e suficiente Mediador da Nova Aliança (Hb 9.15; 12.24).

O Preço de Resgate é também o preço da Aliança com Deus. Ao crermos em Jesus Cristo, não somente somos libertos, redimidos, mas também entramos numa Aliança com Ele. Aliança em que nos tornamos filhos de Deus, num relacionamento íntimo.

Um excelente agente de evangelização é a oração.

Neste contexto, Paulo exorta a orar por todos os homens, inclusive os que exercem autoridade administrativa do país (políticos), pois Deus quer que todos sejam salvos e que venham ao conhecimento da verdade (v4).

Se a pregação da mediação única e suficente de Cristo é Evangelho, evangelização é o ensino, proclamação e divulgação dessa mediação.

Mas há um agente que não quer que homens sejam salvos (2 Co 4.4). Também o homem no pecado é cego para as coisas espirituais, é o homem natural. Por isso, a oração intercessória da igreja militante é importante.

Claro que a oração deve acompanhar a proclamação ou pregação (Ef 6.18,19).

A Oração Intercessora dos Crentes, em Nome de Jesus é Mediadora.

A oração de intercessão é um ministério sacerdotal, e como tal, envolve também a mediação. Colocamo-nos em oração junto a Deus, por meio da mediação única aceitável de Jesus (por isso oramos em nome de Jesus), em prol dos que ainda estão debaixo da condenação. Ao fazermos isso, colocamo-nos no meio, entre Deus e os perdidos, seguido o exemplo do nosso Mestre.