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AS SETE TAÇAS DA IRA DE DEUS anunciam solenemente as Sete Últimas Pragas. Esta solenidade acontece com vencedores da besta, da sua imagem e de seu número. Eles estão de pé entoando o cântico de Moisés e do Cordeiro (Leia Ap 15.1-8).
AS SETE TAÇAS DA IRA DE DEUS Revelam Quem São Os Vencedores
Os vencedores são os mártires (4.12,13). Eles são também crentes em Cristo.
Estes estão de pé sobre o mar de vidro. Antes, este mar significava separação da presença de Deus (4.6). Agora eles estão sobre tal mar e louvam a Deus. Não há mais separação. A comunhão do crente em Cristo com o seu Deus é eterna.
Eles cantam o cântico de Moisés e do Cordeiro, que é resultado do juízo de Deus sobre o mundo e as forças do mal. Assim como Moisés louvou a Deus após atravessar o mar vermelho (Êx 15.1-18).
O conteúdo do cântico de Moisés é a justiça, mediante a admirável vitória sobre os exércitos egípcios (Ex 15).
Mas, lembre-se de que Moisés também representa a Lei. Isto certamente também entra na conexão com os “atos de justiça que se fizeram manifestos” (4).
AS SETE TAÇAS DA IRA DE DEUS Revelam A Lei e A Graça
Não é a primeira vez que Apocalipse apresenta louvor a Deus por seu direito de julgar o mundo (Ap 11.17,18; 16.7; 19.2). Isto tem muito a ver com a severidade que será o juízo (Tg 2.13; Hb 10.31). Sobre isso falarei mais adiante.
Mas aqui há conexão de maior significado que é o cântico de Moisés com o cântico do Cordeiro. Não vou gastar tempo descrendo o abençoado papel de Moisés. Jesus é maior do que Moisés (Hb 3.3). Jesus é melhor libertador do que Moisés. A libertação de Jesus é final. Jesus é mediador de uma Nova Aliança (Hb 12.24).
Mas não há oposição entre Moisés ou o que ele representa, a Lei, e Cristo, que é a graça (Lc 16.16; Jo 1.17). Na verdade eu vejo aqui uma junção entre a Velha Aliança e a Nova Aliança endossando os atos de justiça de Deus tanto para condenar o mundo quanto para salvar a sua igreja.
É significativo que se fale da justiça de Deus em meio ao julgamento. Quando Deus julga, os homens costumam questionar a justiça de Deus. Como pode o Deus justo e permitir a morte ou o sofrimento do frágil ser humano? Não seria Ele vingativo apenas?
Por isso, o cântico de Moisés representando a Lei diz: “…justos e verdadeiros são os teus caminhos” (3b).
Aqui em Apocalipse, Moisés canta como cantou Deuteronômio 32.4,5: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos justos são; Deus é a verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é.
Corromperam-se contra ele; não são seus filhos, mas a sua mancha; geração perversa e distorcida é.”
A falha na observância da Lei seria o suficiente para Deus condenar os homens.
Entretanto, ninguém sofrerá condenação por não conseguir cumprir a Lei (Veja Rm 3.20; Gl 2.16; 3.11). Os homens perdidos sofrerão condenação por rejeitar a graça de Cristo, o Salvador.
Os crentes são salvos por se confessarem incapazes de cumprir a Lei. Por isso, com espírito de humildade recorrem ao favor da graça de Deus em Cristo (Ef 2.8,9).
O Cântico reconhece os feitos admiráveis de Deus e seu poder. Deus é o Todo-Poderoso rei das nações (3). Reconhece também a santidade de Deus.
As nações terão de reconhecer e adorar (ajoelhar) diante do Senhor (Fp 2.5-11). Elas farão isso voluntariamente ou serão subjugadas pelo poder que as regerá com vara de ferro (2.27; 12.5; 19.15).
Quanto às sete taças, há outros conjuntos de sete coisas em Apocalipse. Porém, estas anunciam os acontecimentos finais. Os últimos flagelos. Sobre estes falarei no próximo post. Aguardem