IRA | AS SETE TAÇAS DA IRA DE DEUS – PRIMEIRA PARTE

Tempo de leitura: 3 minutos

AS SETE TAÇAS DA IRA DE DEUS anunciam solenemente as Sete Últimas Pragas. Esta solenidade acontece com vencedores da besta, da sua imagem e de seu número. Eles estão de pé entoando o cântico de Moisés e do Cordeiro (Leia Ap 15.1-8). 

AS SETE TAÇAS DA IRA DE DEUS Revelam Quem São Os Vencedores

Os vencedores são os mártires (4.12,13). Eles são também crentes em Cristo. 

Estes estão de pé sobre o mar de vidro. Antes, este mar significava separação da presença de Deus (4.6). Agora eles estão sobre tal mar e louvam a Deus. Não há mais separação. A comunhão do crente em Cristo com o seu Deus é eterna.

Eles cantam o cântico de Moisés e do Cordeiro, que é resultado do juízo de Deus sobre o mundo e as forças do mal. Assim como Moisés louvou a Deus após atravessar o mar vermelho (Êx 15.1-18). 

O conteúdo do cântico de Moisés é a justiça, mediante a admirável vitória sobre os exércitos egípcios (Ex 15).

Mas, lembre-se de que Moisés também representa a Lei. Isto certamente também entra na conexão com os “atos de justiça que se fizeram manifestos” (4). 

AS SETE TAÇAS DA IRA DE DEUS Revelam A Lei e A Graça

Não é a primeira vez que Apocalipse apresenta louvor a Deus por seu direito de julgar o mundo (Ap 11.17,18; 16.7; 19.2). Isto tem muito a ver com a severidade que será o juízo (Tg 2.13; Hb 10.31). Sobre isso falarei mais adiante.

Mas aqui há conexão de maior significado que é o cântico de Moisés com o cântico do Cordeiro. Não vou gastar tempo descrendo o abençoado papel de Moisés. Jesus é maior do que Moisés (Hb 3.3). Jesus é melhor libertador do que Moisés. A libertação de Jesus é final. Jesus é mediador de uma Nova Aliança (Hb 12.24).

Mas não há oposição entre Moisés ou o que ele representa, a Lei, e Cristo, que é a graça (Lc 16.16; Jo 1.17). Na verdade eu vejo aqui uma junção entre a Velha Aliança e a Nova Aliança endossando os atos de justiça de Deus tanto para condenar o mundo quanto para salvar a sua igreja.

É significativo que se fale da justiça de Deus em meio ao julgamento. Quando Deus julga, os homens costumam questionar a justiça de Deus. Como pode o Deus justo e permitir a morte ou o sofrimento do frágil ser humano? Não seria Ele vingativo apenas? 

Por isso, o cântico de Moisés representando a Lei diz: “…justos e verdadeiros são os teus caminhos” (3b). 

Aqui em Apocalipse, Moisés canta como cantou Deuteronômio 32.4,5: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos justos são; Deus é a verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é.

Corromperam-se contra ele; não são seus filhos, mas a sua mancha; geração perversa e distorcida é.

A falha na observância da Lei seria o suficiente para Deus condenar os homens.

Entretanto, ninguém sofrerá condenação por não conseguir cumprir a Lei (Veja Rm 3.20; Gl 2.16; 3.11). Os homens perdidos sofrerão condenação por rejeitar a graça de Cristo, o Salvador.

Os crentes são salvos por se confessarem incapazes de cumprir a Lei. Por isso, com espírito de humildade recorrem ao favor da graça de Deus em Cristo (Ef 2.8,9).

O Cântico reconhece os feitos admiráveis de Deus e seu poder. Deus é o Todo-Poderoso rei das nações (3). Reconhece também a santidade de Deus.

As nações terão de reconhecer e adorar (ajoelhar) diante do Senhor (Fp 2.5-11). Elas farão isso voluntariamente ou serão subjugadas pelo poder que as regerá com vara de ferro (2.27; 12.5; 19.15). 

Quanto às sete taças, há outros conjuntos de sete coisas em Apocalipse. Porém, estas anunciam os acontecimentos finais. Os últimos flagelos. Sobre estes falarei no próximo post. Aguardem

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.