O Jejum Ensinado e Exigido Por Deus

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“Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne? Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do Senhor será a tua retaguarda” (Is 58.6-8). Image by Clker-Free-Vector-Images from Pixabay.

Quando perguntado pelos judeus porque seus discípulos não jejuavam, Jesus explicou dizendo que eles não tinham razão para fazê-lo naquele momento, enquanto O tinham presente, mas em algum tempo futuro jejuariam (Mc 2.18-20).

Há tempo para todas as coisas (Ec 3.1-3). E a questão do jejum é que ele não pode ser prioridade e ocupar nosso tempo em detrimento da obediência a Deus. Obedecer é mellhor do que sacrificar (1 Sm 15.22). Ou seja, o jejum é do homem para Deus. O mandamento é de Deus para o homem. A prioridade não é e nunca será nossos esforços para nos aproximamos de Deus. Nossos esforços são vãos, são trapos de imundície (Is 64.4). Mesmo depois de fazermos tudo certo, ainda somos inúteis (Lc 17.4). E isto, mesmo quando fazemos o que Deus nos manda.

O Que Significou Inicialmente O Jejum

Jejum, acompanhado de saco e cinza, era sinal de rendição a Deus, quebrantamento de espírito, confissão de pecados com súplicas por perdão (I Sm 7.8; Dn 9.3; Et 4.3). Fora disso é penitência, ritos vazios.

O Jejum Ritualista

Neste contexto em que tudo é relativizado, individualizado, em que cada um tem a “liberdade” de configurar-se e reconfigurar-se continuamente, os dogmas religiosos são descartados. As autoridades e as dignidades não têm mais autoridade de outrora. A palavra do Pastor, da Padre ou do Papa não tem mais valor. A Bíblia também não. Cada um monta sua própria religião, seu culto, sua fé e, até, seu deus (Não posso chamar a isso de Deus, com Maiúsculo). É o self-service religioso. “Não tem problema uma pitada disso e daquilo. É a moda, e, se não for viável, criamos nossa moda, nosso estilo”.

Assim, falando do contexto religioso, sacrificar um touro ou um cabrito é o mesmo que a uma ovelha. Um jejum, a Bílblia aberta no Salmo 91 e tudo certo. Isso é o bastante para lavar as consciências cauterizadas, as omissões diante da injusta, os pensamentos maus, os subornos, etc.

Este era o problema do povo de Israel. Os  ritos se tornaram encenações vazias. A hipocrisia era tão grande que nem percebiam que estavam horrivelmente enfermos espirituais, de tal maneira em que são descritos como um corpo podre, da planta do pé até à cabeça: “Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres não espremidas, nem ligadas, nem amolecidas com óleo” Is 1:6.

Este é o problema do jejum ritualista. Ele é o culto confeccionando por homens, alheios aos mandamentos de Deus, carregados de cinismos e  hipocrisias. Religiosidade vã.

Veja a exortação e ensino do escritor da carta de Tiago. Ele traz o verdadeiro jejum que agrada a Deus.

“Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo. Sua religião não tem valor algum! A religião que Deus, o nosso Pai, aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo” (Tiago 1.26-27).

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